Brotherhood é o terceiro título da série principal de Assassin’s Creed, lançado em novembro de 2010 pela Ubisoft Montreal. O game te leva de volta para a Itália renascentista do século quinze, na pele de Ezio Auditore da Firenzi, nobre do clã dos assassinos e também protagonista do título anterior da série. A história é uma sequencia direta do antecessor, e começa exatamente no final dos eventos de Assassin’s Creed dois. Depois de retornar para a Villa Auditore, o castelo que o jogador passou horas para restaurar no game anterior, ele é atacado pelos templários comandados por Cesare Borgia, que mata o tio de Ezio, Mario Auditore, e rouba a Maçã do Éden, artefato de grande poder. O protagonista segue então para Roma, decidido a destruir de vez os templários, resgatar a maçã e vingar a morte de seu tio. Assim como no jogo anterior, Ezio conta com a ajuda de figuras históricas, como Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel, que guiarão nosso herói na capital italiana.
Em paralelo com a história de Ezio, o jogo também intercala alguns momentos no presente, onde Desmond Miles e seu grupo de assassinos modernos fazem seu esconderijo em ruínas da Villa Auditore para fugirem dos templários e continuarem acessando as memórias genéticas de Ezio.
Para quem não jogou Assassin’s Creed dois, Brotherhood pode parecer um pouco confuso no começo, com uma série de personagens novos aparecendo a todo momento e complicando ainda mais a trama de mais de 40 horas no modo single player. Apesar disso, o jogo continua fiel à sua proposta original, com uma mistura de ação, estratégia e furtividade em um mundo aberto. Tudo, é claro, misturado ao uso do Parkour para se movimentar pelo cenário, que é marca registrada da série Assassin’s Creed.
Os comandos passaram por uma pequena mudança e estão ainda mais simples e intuitivos. O que pode parecer um pouco complicado no inicio do jogo é a movimentação do personagem e suas acrobacias pelos prédios de Roma. Acredite, serão muitos tombos, telhados errados e batidas de cara na parede antes que você consiga fazer amizade com o controle.
O sistema de batalhas continua parecido: os inimigos continuam lutando em “turnos”, ou seja, cada um espera sua vez para te atacar. Isso facilita muito os contra-ataques de Ezio e deixa as lutas até um pouco repetitivas. Nem mesmo os inimigos vestidos com armadura são um desafio grande, já que um ou dois chutes já abrem espaço para sua espada.
Do mesmo jeito que no game anterior, Ezio deve ir reconstruindo a Roma devastada pela família Borgia enquanto avança pelo jogo. Para fazer isso, o protagonista previsa destruir as torres dos Borgia e liberar cada parte da cidade da influência dos templários. Apesar de ser um jogo sand-box, ou seja, com cenário livre para fazer o que bem entender, alguns locais são inacessíveis de início. Isso pode ser bem chato, já que te impede de passear pela cidade inteira, mas logo alguns pontos vão se tornando disponíveis conforme você vai completando missões e resgatando a memória genética de Ezio.
Outra grande inovação de Assassin’s Creed Brotherhood é o sistema de contratação de novos assassinos para o clã, geralmente depois de salvar cidadãos comuns sendo atacados por guardas dos Borgia. Com esse suporte, as missões podem ficar bem mais fáceis. Você pode enviar os novos recrutas para missões por várias partes da Europa, customizá-los e pedir ajuda durante algumas partes do jogo.
Brotherhood também é o primeiro jogo da série Assassin’s Creed a trazer um modo multiplayer - que não deixa nada a desejar. São cinco tipos diferentes de jogo. Em um deles, um personagem é definido como alvo e tem que escapar dos outros, que devem assassiná-lo. O multiplayer também tem um sistema de recompensas, que garante habilidades novas e prêmios conforme o jogador aumenta seu nível online.
Visualmente, o jogo tem gráficos excelentes e é extremamente bem acabado. Passear pela Roma do game, para quem gosta de história, por si só é uma experiência impressionante. O Coliseu, o Senado Romano e todos os pontos turísticos do Vaticano estão lá. Além disso, a cidade do jogo é imensa, pelo menos três vezes maior do que a Florença de Assassin’s Creed dois. Para ajudar no deslocamento, o jogo trouxe algumas melhorias para o cavalo de Ezio, que agora pode levar o protagonista para qualquer lugar com facilidade. Pode ter certeza que você vai se pegar desviando das missões do jogo simplesmente para passear pelos distritos da capital italiana.
Com sua campanha épica, sistema de contratação e modo multiplayer, Assassin’s Creed Brotherhood vai muito além de simplesmente fechar a história do game anterior. O tamanho e complexidade dos cenários e a versatilidade do modo online não vão deixar você se enjoar facilmente da cara do jogo. Com certeza, este é o melhor título da série e um dos mais completos jogos de ação lançados no ano passado.
Fonte: Olhar digital
